E a abolição da escravatura
Através de uma homenagem a José do Patrocínio, o maçon brasileiro Osvaldo Pereira da Rocha, do Maranhão, deu a conhecer, entre uma variedade muito rica de temas, alguns aspectos do contributo da Maçonaria Brasileira para o fim da escravatura. Osvaldo Pereira da Rocha intervinha no I Encontro Internacional de Cultura Maçónica (Lisboa - 18 a 20 de Outubro de 2007), ao tornar-se sócio efectivo da Academia Maçónica Internacional de Letras (AMIL).

Foi um brilhante autodidacta e concluiu o curso de Farmácia em 1874. Logo no ano seguinte, principiou um tercurso brilhante no campo do jornalismo, publicando o quinzenário “Os Ferrões”, com Demerval Fonseca. Daqui passaria para a “Gazeta de Notícias”, primeiro, e depois para a “Gazeta da Tarde”.
Em 1881, José do Patrocínio fundou a Confederação Abolicionista, em cujo manifesto colaborou. No ano seguinte, foi homenageado no Ceará, estado que decretaria a abolição total da escravatura, em 1884.
Já director do jornal “Cidade do Rio”, que fundou, “saudou, em 13 de Maio de 1888, o advento da Abolição, pelo qual tanto lutara” e faleceu aos 51 anos, como referiu Osvaldo Pereira da Rocha, que afirmou: “Especificamente sobre a Maçonaria e o Maçon José do Patrocínio, publique-se que um dos capítulos memoráveis da história brasileira é a relação da Maçonaria com a comunidade negra. A instituição dos pedreiros livres teve e tem grandes quadros negros. Ela organizou a luta pela libertação do país em diversos momentos históricos - desde fins do século XVIII, quando chegou ao Brasil - e se fortaleceu institucionalmente ao lutar por mais de 50 anos pela libertação dos escravos”.
Os mulatos André Rebouças e Luiz Gama acompanharam José do Patrocínio no famoso trio abolicionista, que contou com o apoio de lojas cariocas e paulistas. “Foram eles que fundamentaram a cultura da libertação dos negros através de artigos, manifestos, actos públicos, conquista de adeptos para a causa e com discursos inflamados país afora. Com apoio maçónico, o referido trio afro-descendente ligou os seus nomes definitivamente à causa da libertação negra. Essa luta contou com a participação, na época, de quase todas as lojas maçónicas espalhadas pelo território brasileiro”, recordou Osvaldo Pereira da Rocha, na sua “Homenagem a José do Patrocínio”.
Fonte: Grande Oriente Luzitano.
1 comentários:
Muito bacana esta matéria!
Abração.
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